segunda-feira, 18 de abril de 2011

ANÁLISE CRÍTICA SOBRE A LÍNGUA EM VYGOTSKY (S2)

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS – UNICAMP
DISCIPLINA: EL 511I – PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO
DOCENTE: PROF.ª Dr.ª HELOÍSA A. DE MATOS LINS
ALUNO: OLAVO ANTUNES DE AGUIAR XIMENES RA: 063447
ANÁLISE CRÍTICA SOBRE A LÍNGUA EM VYGOTSKY (S2)
           
            Partindo da constatação de que, segundo Luria (2011, p35), a linguagem desempenha para Vygotsky “um papel decisivo no desenvolvimento dos processos superiores”, argumentaremos brevemente que a linguagem ou a língua (Maria Kohl) é a instância que permite articular os quatro planos genéticos propostos por nosso autor, a saber, o filogenético (a história da espécie), o ontogenético (história do indivíduo), sociogenético (a influência da cultura) e o microgenético (a história de cada fenômeno psicológico particular); este último aspecto não será tratado aqui.
            Ora, a linguagem seja ela falada, escrita ou de qualquer outra forma que ela se apresente é devedora a um desenvolvimento filogenético, primeiramente, na medida em que através do desenvolvimento da espécie desenvolveu-se um aparelho fonador capaz de articular sons distintos, depois, através de um desenvolvimento da capacidade de distinguir sons numa dada gama de freqüências, depois, através do desenvolvimento de uma visão complexa, passando pela habilidade manual que nos possibilita a criar símbolos ou signos físicos para nos comunicar. Em suma, em todas as suas facetas a linguagem só surge num dado desenvolvimento de habilidades da espécie humana.
            Posteriormente, a linguagem, no desenvolvimento no individuo (ontogênese) tem uma função de articular processos psicológicos superiores, como no caso da fala egoísta da criança que, segundo Vygostsky, representa o momento no qual o desenvolvimento é internalizado, possibilitando articular o comportamento visando um fim (como alcançar um doce em cima de armário).
            É claro também, que nossa interação com ambiente social e cultural é necessariamente mediada por signos que são construções histórico-sociais, muita vezes lingüísticos. Em suma, a cultura é adquirida e articulada e incorporada em dado momento a partir das competências lingüísticas do indivíduo. (Aspecto da sociogênese).

REFERÊNCIAS
VEER, R. V. D.; VALSINER, J. Vygotsky – Uma síntese. Editora Loyola, p. 18-25.
LURIA, A. R. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. Editora Ícone. 8. Ed., 2001. p. 22        

Série de vídeos da Professora Marta Kohl sobre o Vygotsky, disponível no youtube.



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