segunda-feira, 18 de abril de 2011

Minha irmã, minha cobaia

Hoje à noite eu tentei fazer um jogo com a minha irmã de nove anos parecido com o jogo dos cartões descrito no texto.
Na primeira vez em que uma pergunta pedia uma palavra proibida ela conseguiu driblar simplesmente substituindo a cor, dizendo por exemplo que a cor do tomate era laranja, uma vez que vermelho e cinza eram as cores proibidas. Na próxima ocasião, ela me perguntou se poderia mentir, e disse que a cor dos vagões do metrô eram "preto claro", e em outro momento,  como já havia mencionado a cor preta, lhe perguntei qual a cor dos penilongos, e ela disse que nunca tinha visto um, e depois disse baixinho "depois eu te conto..".
Não queria comprovar ou negar nada, apenas tive curiosidade de ver como ela se sairia tendo como referência a tabela do capítulo 3.
Ela soube driblar todas as situações em que alguma palavra se repetiria ou a resposta era a palavra proibida.
Ela substituiu o sim de todas as respostas pelo verbo, ou por afirmações como: "é óbvio" e "com certeza".
Quando lhe entreguei lápis coloridos e disse que poderiam ajudá-la a ganhar o jogo ela perguntou como e o que ela faria com eles. Eu disse que ela poderia fazer o que ela quisesse. Ela começou separando as cores proibidas; um tempo depois que respondeu uma das cores que sobraram, ela olhou para os lápis e decidiu separá-lo, consultando-os posteriormente quando precisava repetir uma cor para não cometer o erro.

Enfim, brevemente, ela conseguiu responder a todas as perguntas evitando as palavras proibidas e sem repetir nenhuma palavra, o que me surpreendeu. E ainda nos divertimos com as mentirinhas.


Ana Carolina Inuy- dança

Um comentário:

  1. Vc viu, Ana? As cçs de hoje estão superando as da época de Vygotsky! (Heloísa)

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