UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS – UNICAMP
DISCIPLINA: EL 511I – PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO
DOCENTE: PROF.ª Dr.ª HELOÍSA A. DE MATOS LINS
ALUNO: OLAVO ANTUNES DE AGUIAR XIMENES RA: 063447
ANÁLISE CRÍTICA (S9)
Neste texto podem-se encontrar apontamentos para o que seria uma aplicação da teoria de Vygotsky, isto é, como seria uma prática pedagógica inspirada nos escritos do nosso autor, uma vez que, como Kohl nos indica, a obra do Vygotsky é fragmentária, incompleta, caracterizada mais por arroubos de inspiração juvenil em psicologia do que por um longo trabalho investigativo e teórico.
Kohl alinhava em três grande eixos os aspectos, que chamaremos de prático, na falta de um outro termo melhor, da teoria em questão: i. o desenvolvimento psicológico deve ser analisado em função do que está por vir, na emergência daquilo que ainda não é (o conceito chave é zona de desenvolvimento proximal); ii. o processo de aprendizagem enseja o processo de desenvolvimento, este por sua vez não se reduz a simples maturação biológica do indivíduo; iii. a importância da intervenção de outros membros maduros da sociedade na intermediação entre o indivíduo e a cultura.
Em resumo, a questão que se coloca, articulando os três eixos, é que a escola é o lugar privilegiado para a intervenção ativa dos professores no processo de desenvolvimento psicológico dos indivíduos não totalmente socializados e maturados através de processos de aprendizagem visando a ensejar um desenvolvimento que não ocorreria naturalmente (como o letramento) tendo em vista a zona de desenvolvimento proximal.
O perigo residiria então, assim como houve leituras rápidas do Piaget, que trouxeram para a prática pedagógica a ideia de total não intervenção, na tomada da teoria do Vygotsky como uma defesa da antiga escola, através de práticas intervencionistas autoritárias.
REFERÊNCIAS
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