segunda-feira, 6 de junho de 2011

Análise - Semana 9

Análise - Semana 9

Kelly Caetano - 102960


Henri Wallon nasceu e viveu na França período de 1879 a 1962.
Antes de chegar ao campo da psicologia passou pela Filosofia e Medicina, durante essas carreiras era cada vez mais explícita sua proximidade coma educação. Formou-se em 1902 em Filosofia pela Escola Normal Superior, e medicina formou-se em 1908.
Wallon viveu um período marcado pela instabilidade social. Passou pelas duas guerras mundias (1914-18 e 1939-45).
Em 1914 atuou como médico do exército francês, onde permaneceu um bom tempo no front de combate. O contato que teve com lesões cerebrais de ex-combatentes fez com que revisse posições neurológicas que havia desenvolvido no trabalho com crianças deficientes.
 Wallon atuou como médico de instituições psiquiátricas até 1931, paralelamente a essa atuação de médico-psiquiatra vem seu interesse pela psicologia das crianças.
Duarante a segunda guerra atuou na Resistência Francesa contra os alemães, nesse período foi perseguido pela Gestapo e teve que viver clandestinamente, foi forçado a interromper suas atividades, mas continuou produzindo as escondidas e chegou até a produzir um livro nesse período.
Em 1925 publica sua tese de doutorado entitulada: “ A criança turbulenta”, e a partir dai inicia um período de intensa produção com livros voltados a psicologia da criança.
Em 1948 criou a revista “Enfance”, este periódico tenta seguir a linha inicial, as publicações servem como um instrumento, um auxílio para os pesquisadores e também uma fonte para os educadores.

Após uma breve biografia do Wallon, vamos a uma análise sobre os textos trabalhados em aula:

Em sua teoria psicológica, Wallon se preocupa com o desenvolvimento cognitivo centrado na psicogênese da pessoa completa. O seu modelo de análise do desenvolvimento humano, é a partir do desenvolvimento psíquico da criança. O desenolvimento da criança parece ser descontínuo e é marcado por contradições e conflitos, sendo resultado da maturação e das condições em que se encontra, e isso provoca alterações qualitativas no seu comportamento.
Os estágios de desenvolvimento do ser humano sucedem-se em fases com predominância afetiva e cognitiva:

Estágio impulsivo-emocional (0-1 ano)
Nesse estágio há uma predominância da afetividade que orienta as primeiras reações do bebê com as pessoas, às quais intermediam sua relação com o mundo físico.
Estagio Sensório-motor e projetivo (2-3 anos)
A aquisição da marcha e da prensão dando a criança uma autonomia maior na manipulação dos objetos e na exploração dos espaços. Nesse estágio ocorre o desenvolvimento da função simbólica e da linguagem. O ato mental “projeta-se” em atos motores.
Estágio do Personalismo (3-6 anos)
Nesse estágio ocorre a construção da consciêndia mediante as interações sociais e surge o interesse das crianças pelas pessoas.
Estágio Categorial (a partir dos 6 anos)
Estágio onde ocorre os avanços intelectuais e aumenta o interesse das crianças pelas coisas, e para o conhecimento.
Estágio da Adolescência
Ocorre novas definições da personalidade, essas são desestruturadas devido às modificações corporais. Nesse estágio questões pessoais, morais e de existências são clássicas.

Wallon não propõe uma teoria pedagógica, mas juntamente com seu interesse pela educação levou-o a um projeto de reforma do ensino francês, que ficou conhecido como Projeto Langevin – Wallon.
A Escola Nova surge como uma mudança, o aluno passa a ser o sujeito ativo, sendo o centro do processo da educação. Wallon é a favor dessa nova escola, no entanto ele critica os escola-novistas a respeito da falta de relação do aluno com o que está por fora, a escola nova ignorava as dimensões sociais da educação e acabava “pregando” o individualismo.
Uma ideia inspiradora no Projeto Langevin – Wallon é a da cultura. O conceito de meio é fundamental na psicogenética de Wallon, ao estudar o desenvolvimento da criança deve-se estudar o meio em que ela se desenvolve. A escola é um meio que pode ou não estar em harmonia com os objetivos educacionais, o papel do professor é ajudar numa boa organização e mediação, para que o aluno possa assumir responsabilidades, respeitar regras e aprender a conviver em um grupo que não seja completamente homogêneo.
Os professores inesquecíveis são aqueles que respeitam os alunos que de alguma maneira conseguem marcar os alunos no processo do aprendizado. O professor tem que aceitar e conhecer os limites do aluno, conhecer o meio que se desenvolve. Não impor limites no desenvolvimento. O principal é aceitar que a Educação é uma relação que tende a evoluir, até que chegue um ponto que o aluno seja autonomo e não precise mais do professor.
Um desafio: cabe a nós professores iniciarmos uma aula perguntando o que os alunos acham sobre determinada matéria, qual o conhecimento prévio sobre o assunto, qual o significado da disciplina para eles, lembrar que os alunos não são cabeças esperando que o professor “deposite” o conhecimento, eles são sujeitos em formação.

Referências:

ALMEIDA, L. R.; Henri Wallon Psicologia e Educação. Editora: Loyola

GALVÃO, I. Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. Editora: Vozes.

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