segunda-feira, 13 de junho de 2011

Análise Crítica S9

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
DISCIPLINA: EL511 – I “PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO”
PROFESSORA: DRA. HELOÍSA A. DE MATOS LINS
ALUNA: SÍLVIA RENATA BRAGA E OLIVEIRA
ANÁLISE CRÍTICA SEMANA 9 – IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS
                Sob a perspectiva de nos elucidar a respeito de como aplicar todos os conceitos e teorias, que aprendemos ao longo desse semestre, o material e a aula da semana nove se mostraram pequenas consultorias para minhas aulas de arte.
                A proposta dessa análise é abordar alguns dos conceitos trabalhados nessa aula de implicações pedagógicas aplicando-os totalmente às experiências vividas por mim, como professora de arte (música). Sinto-me à vontade em fazê-lo, agora que já tive a oportunidade de dividir minhas experiências na apresentação do seminário sobre arte, imaginação e criatividade.
                Tomando o ambiente escolar como fator integrador de três grandes eixos apresentados por Marta Kohl (resumindo: ZDP, aprendizagem que propicia o desenvolvimento e mediação de qualidade), vejo na oficina musical (local onde realizei minhas atividades práticas) como um bom exemplo de ambiente colaborador da aprendizagem.
                As fotos, postadas logo abaixo, mostram um ambiente integrador, em que as crianças têm a oportunidade de trocar experiências e criar em conjunto. Não existem cadeiras, e sim almofadas, nas quais as crianças podem sentar-se com muito mais proximidade tanto umas das outras quanto do professor. A ZDP fica, então, totalmente privilegiada, sob essa perspectiva.
                Analisando o segundo eixo que foi destacado por Kohl, em que a aprendizagem carrega o desenvolvimento, deparei-me com uma experiência vivida na oficina musical que me pareceu seu retrato.
Desde o começo de minhas experiências na escola em questão, a “turminha” da tarde tem se mostrado muito indisciplinada, arredia e com pouco progresso cognitivo, ou motor. Diante dessa dificuldade em lidar com as crianças, procurei me aproximar deles com atividades lúdicas, sem compromisso cognitivo, mas que deveriam desenvolver questões motoras, e consciência corporal para o ritmo (desenvolvimento de estruturas mentais para a compreensão musical posterior).
Muitos educadores musicais apontam para tal abordagem no ensino da musicalização para crianças, porém, todos ressaltam que a questão cognitiva e teórica não deve ser deixada de lado. No entanto, a dificuldade daquelas crianças não me permitia abordar a parte teórica, chegando à situação de as crianças ficarem sem conteúdo cognitivo por três semanas. Foi na quarta semana (sem qualquer conhecimento acerca dessas implicações pedagógicas) que me arrisquei em uma aula fundamentalmente teórica e repleta de conteúdos cognitivos. Percebi que a aprendizagem de conteúdos despertou o interesse das crianças e desenvolveu a lógica do pensamento que era necessária àquele conteúdo musical muito mais do que qualquer jogo corporal mostrado anteriormente.
Logicamente, esses jogos que foram propostos não foram inúteis para essas crianças, servindo de preparação para a verdadeira teoria que viria a seguir; porém, é notável como a aprendizagem de conteúdos cognitivos é infinitamente importante para o desenvolvimento do pensamento lógico desejado.
Por fim, em se tratando de mediação, acredito que a proximidade dos alunos com o professor, a facilidade de obtenção de material (materiais artísticos e instrumentos musicais facilmente acessíveis a todos os alunos) propicia uma qualidade nas mediações, fazendo com que as crianças gostem de estar ali, criando e socializando.
O vínculo afetivo da arte em um ambiente como esse para crianças que, desde muito cedo vêm sendo incentivadas e motivadas a criar torna a oficina musical um ambiente muito especial, porém, quando falamos em ambiente escolar, estamos tratando não só do espaço físico, mas também da relação das autoridades (coordenação, direção, professores) com os alunos, que é muito diferente daquela que acontece com os pais no ambiente familiar. Bem como as diretrizes pedagógicas que são mais relevantes para essas autoridades, o que certamente modifica toda a atmosfera do ambiente escolar, mesmo que o espaço físico seja privilegiado.
Mas essa já é uma discussão muito maior... a nós professores, resta saber aproveitar ao máximo o que o ambiente da escola em que trabalhamos nos oferece, bem como as experiências ímpares vividas ao lado de nossos pupilos. 











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