domingo, 1 de maio de 2011

Amanda Miranda Ramalho Eid                         RA: 101408     
EL511 – Psicologia e Educação               Profª Drª Heloísa Matos Lins  

A ótica sócio-cultural da teoria de Vygotsky me encantou desde o princípio dos estudos nessa disciplina. Sua teoria aponta que as interações com a sociedade, por exemplo outros indivíduos inseridos em sua cultura, geram aprendizado. O que eu concordo plenamente, pois um ser, se isolado do mundo, provavelmente não desenvolvesse muitas das funções comuns aos seres humanos incluídos numa comunidade. O que pode ser exemplificado perfeitamente por diversos relatos de crianças encontradas que, por não estarem envolvidas com outros seres humanos, não desenvolveram nem a linguagem e por conseqüência o pensamento também não foi desenvolvido (segundo a teoria de Lev Vygotsky).
O estudioso também escreveu sobre o que ele chamou de Zona de Desenvolvimento Proximal, ou ZDP, que pode ser explicado como a distância entre o nível de desenvolvimento potencial que é o que a criança ainda tem potencial de aprender, seja com ajuda de professores, uma dica, um contato com outra criança, com auxílio de material didático, ou até mesmo através de brincadeiras e o nível de desenvolvimento real, que são os conteúdos já aprendidos, assimilados. Vygotsky afirma ainda que não “funciona” querer ensinar um conteúdo muito avançado a uma criança que ainda não possua nível potencial suficiente para entrar na ZDP, ou tentar ensiná-la algo que já aprendeu, como o exemplo dado por Marta K. das crianças muito novas que não sabiam escrever tentando anotar o ditado apenas imitando a caligrafia adulta. Desse modo, é papel de familiares e professores estimularem e ajudarem as crianças para que o desenvolvimento potencial torne-se real.
Ainda sobre a imitação, esta é sim uma ação muito importante no desenvolvimento das crianças, pois é a partir da imitação que elas aprendem diversos comportamentos sociais, destaco aqui a importância das brincadeiras de faz-de-conta (brincar de casinha, ou mamãe-e-filhinha, por exemplo) faz com que a criança reconheça as posições sociais, e assim talvez até passe a pensar sobre a própria posição.


Referência:

Oliveira, M. Vygotsky: Aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-histórico. SP. Scipione, 1997. (pensamento e ação no magistério)

Vygotsky, L.S. A formação Social da Mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. SP Martins Fontes, 1998.

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