segunda-feira, 30 de maio de 2011

Análise Crítica: Problemas do Método e Afetividade S7 e S8

Nome: Paulo Vitor Firmino Berto
RA: 082466

Qual o melhor método? Qual a melhor forma?
Essas são questões que sempre acompanham aqueles que buscam excelência ao exercerem qualquer atividade, ou aqueles que de certa forma buscam passar para alguém, qualquer tipo de conhecimento. Dessa forma, a busca por tais respostas nos leva novamente a mergulharmos em nós mesmos, buscando entender como adquirimos conhecimento e como esse se processa.
Wanda Maria Junqueira Aguiar traz em seu trabalho que não existe método alheio a uma concepção de realidade (relação homem/mundo), ou seja, uma relação social e histórica.
Para se entender, aplicar e desenvolver um método tem-se que antes compreender a linguagem, que é o veículo de transmissão e desenvolvimento do conhecimento. Assim a relação histórico-social e linguagem remetem-nos a fala e conseqüentemente a sua compreensão. O trabalho de Wanda nos traz aspectos muito importantes para tal compreensão. Para entendermos a fala, precisamos entender o pensamento (que é um processo interno), para entendermos um pensamento, segundo Vygostky, é preciso exteriorizar relacionando com alguma atividade externa, e também segundo Vygotsky por atrás de um pensamento há sempre uma tendência afetiva/volitiva.
Além desses aspectos, o problema do método também nos faz refletir sobre as intenções daqueles que aplicam e o desenvolvem, pois esse fator por si só interfere nesse processo de ensino/aprendizagem.
Nesse percurso, entender as fases do desenvolvimento humano é fundamental. Henry Wallon traz em seu trabalho cinco estágios fundamentais para o processo de construção e desenvolvimento psicológico do ser humano: estágio impulsivo emocional; estágio sensório motor e projetivo; estágio do personalismo; estágio categorial e estágio da adolescência. Em todos está presente a relação de afetividade.
Essa relação de afetividade está diretamente ligada à atividade emocional, que posteriormente evoluirá por intermédio da razão (construída pela relação cultura e social do sujeito com o meio) para uma atividade sentimental.
No texto de Sergio Leite fica claro que a relação de afetividade esta totalmente relacionada com o desenvolvimento do intelecto e com o conhecimento que o sujeito adquire em sua vida.
Assim sendo é possível concluir na grande responsabilidade que qualquer professor terá ao exercer seu trabalho, buscando sempre, independente das adversidades apresentadas, contribuir para o desenvolvimento daqueles que são seus alunos. Traz aos professores a responsabilidade de como figura detentora do conhecimento, buscar alternativas em suas práticas, não mantendo um método fixo e sim mutável mediante ao conjunto de alunos ali presente diante do professor. Promovendo uma nova perspectiva em relação ao senso comum predominante no nosso sistema de ensino onde o aluno é a figura que não quer aprender.

BIBLIOGRAFIA:
- LEITE, Sérgio Antônio da Silva. Afetividade e Práticas Pedagógicas. In: Afetividade e Práticas Pedagógicas. SP: Casa do Psicólogo, 2006 1ª edição.
- AGUIAR, Wanda Maria Junqueira. A pesquisa em psicologia sócio-histórica: contribuições para o debate metodológico. In: Psicologia sócio-histórica: uma perspectiva crítica em psicologia. SP: Cortez, 2001.
- GALVÃO, Isabel. Uma psicogênese da pessoa completa. In: Henry Wallon: uma concepção do desenvolvimento infantil. RJ: Vozes, 1995.

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