domingo, 29 de maio de 2011

Atividades práticas 2 - Sílvia Renata Braga e Oliveira

ATIVIDADES PRÁTICAS - ENTREVISTAS
                Conversando com a professora de artes plásticas, que é minha amiga e não sabe da pesquisa, pude perceber sua posição com relação às práticas de sala de aula: “As aulas não podem ser chatas, e nós não devemos exigir que eles fiquem fazendo tudo o que pedimos cem por cento do tempo, pois eles vêm aqui para descansar um pouco da rigidez das escolas que estudam (todos estudam em escolas particulares, como objetivo ou anglo) acho que a gente deve deixar eles se divertirem um pouco mais”. “Por mim, eu deixava uma parede sem pintar, só para que eles façam nela o que der vontade, sem ficar se preocupando se vai estragar. Pena que a gente tem que ficar se preocupando em deixar as coisas organizadas, porque eu acho que a bagunça inspira”. “Eu nem sempre forço os alunos a fazerem exatamente a proposta da aula, às vezes eles estão criando algo tão legal que nem vale a pena cortar isso”.
                Quando perguntada com relação à disciplina: “Não acho que devemos ser rígidas com eles, só de eles sentarem pra desenhar, pra criar, já está ótimo. Se eles não quiserem participar da aula, acho que vou começar a aparecer com um caderninho anotando os nomes de quem não participa para contar para os pais. Não que a gente realmente conte, afinal, eles não precisam de tanta rigidez aqui. Mas se eles virem o caderninho, acho que já vão achar que a gente vai contar mesmo, então vão participar”.
                A Flávia está se graduando em licenciatura em artes visuais, na UNISO (universidade de Sorocaba) e em uma de nossas conversas informais, disse que precisa estudar Piaget, e psicologia do desenvolvimento infantil, pois a sua universidade não lhe deu embasamento o suficiente.
                Quanto à dona da escola, Érica maldonado, que é responsável por algumas aulas de piano, formada em licenciatura em música há alguns anos, e criadora do sistema Música e Cia (3 horas de aula, envolvendo as 3 artes), vemos pensamentos um pouco diferentes: “esse estilo de aula, com todas as artes, fui eu mesma que criei, mas as crianças vêm mesmo é por causa da aula de musicalização e de piano”. “Aqui não é pra ser como na escola não, mas também não é anarquia não. A gente não pode deixar que eles gritem nem corram, principalmente quando os pais estão começando a chegar”. “Não deixa  eles te enrolarem não, Renata, na hora que você perceber que eles estão exagerando, pode falar um pouquinho mais grosso com eles, ter uma conversa um pouco mais séria”.
                Em um dos encontros em que ela percebeu essa situação de indisciplina, ela mesma conversou com os alunos, de maneira séria, mas não gritou nenhuma vez, pediu a opinião de todos a respeito das aulas e pediu um acordo de trabalho, que melhorou muito a relação entre os professores e as crianças.
                Assistindo a algumas aulas de piano da Érica, com os alunos mais indisciplinados, percebi que ela sabe lidar muito bem com a situação e os alunos a respeitam muito. Percebi que realmente ela sabe lidar com as crianças e conversar com elas, sem essa relação de medo ou desrespeito.

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