segunda-feira, 30 de maio de 2011

Atividades práticas

Natália Parpinelli

As atividades práticas foram feitas na Escola Estadual Professor Bruno Pieroni em Sertãozinho (SP), escola na qual eu mesma estudei da 5ª série ao 3º ano do ensino médio. A pricípio em estava procurando uma professorea de artes que deu aulas para mim, mas ela estava de licença e me vi tendo que mudar os rumos da atividade.
As aulas que pude aconpanhar são de uma 8ª série e de um 2º ano.
Várias coisas chamaram minha atenção, mas dentre elas uma ficou muito forte: a falta de interesse no ensino das artes pelo Estado; são fornecidas apostilas para os alunos (assim como em todas as outras disciplinas) e ela deve ser seguida pelo professor. O problema está no fato da apostila ser falha, não existe uma continuidade nos assuntos, não é permitido por meio dela que o aluno exponha sua opinião e nem sua criatividade.
Em muitos casos, a professora DITAVA as respostas por falta de meios para expor os assuntos de maneira correta; um exemplo foi quando os alunos estavam tendo aulas sobre teatro e por não terem como ensenarem ou mesmo lerem a peça (segundo a professora era um texto muito extenso) as respostas a esse respeito foram dadas, não permitindo aos alunos nem se quer a possibilidade de pesquisa ou investigação.
Ainda nesse assunto Teatro, a apostila traz todas as conpetências artísticas além de dança, plásticas e música, mas o professor não é preparado para lidar com elas. Seu conhecimento está restrito à sua formação e não abrange o restante.
Entendi o esforço da professora, mas seu conhecimento também era falho.
Ainda na escola tive a oportunidade de conversar com a professora que se abriu para minhas perguntas como uma necessidade de colocar para fora o que estava em seu coração: ela me disse que o descaso com as artes e seu ensino na rede pública não é só do Estado, mas também dos colegas de profissão: "semana passada tive que ouvir de uma outra professora que a aula de artes era o momento de brincadeira, um absurdo!"
Sendo assim, como é possível o respeitos dos alunos eo o ensino das artes se NINGUÉM acredita neles?
A teoria vigotskiana nesse caso é totalmente abandonada: não há interação entre os alunos durante a aula, pois as respostas não são discutidas e sim dadas pelo professor, o papel de mediador entre sujeito e objeto é negligenciado pela autoridade da coordenação da escola que obriga o cumprimento de uma apostila que foge do conhecimento do professor, o meio social onde vivem os alunos neste caso não importa.

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