segunda-feira, 2 de maio de 2011

Breve análise da teoria piagentiana

Piaget foi um dos maiores pensadores acerca da Educação devido às inovações que trouxe para a área. Sua teoria construtivista contibui até hoje nas práticas educacionais, considerado por muitos como uma alternativa melhor ao ensino tradicional.
Para mim, é interessante pensarmos na preocupação primordial de Piaget com a epistemologia e não com a pedagogia propriamente dita; ele queria desvendar os mecanismos processuais do pensamento do homem. Seus estudos tiveram caráter empírico, o que é extremamente notável em sua obra.
Uma das maiores e – a meu ver – mais interessantes inovações da teoria piagentiana é o interacionismo, resposta encontrada por ele para explicar os processos que dão no pensamento. Com isso, chega à conclusão de que a gênese do conhecimento está no próprio sujeito, e que o pensamento lógico só pode acontecer através da relação do homem com o objeto. Esse pensamento leva-nos a perceber o porquê de tamanha influência na pedagogia, pois ele assume que todos possuem estruturas biológicas que permitem o aprendizado – outra inovação extremamente importante de sua teoria –, mas que também é dependente de fatores variantes e externos, o que acredito que tenha atribuído devida importância à educação na sociedade. Pois caso acreditássemos que a inteligência é inata ao ser humano, não teria porque existir o processo de educação.
Ainda em relação ao interacionismo e tais fatores variantes que influenciam a filogênese do indivíduo, é muito rica a inserção que faz Piaget da influencia do meio social – além do físico – nesse processo. Penso que através disso, porém não somente, explicam-se as diferenças entre os indivíduos, não que antes elas não fossem percebidas, mas sem considerarmos elementos variáveis como o sócio-cultural não era possível explicá-las. Isso torna muito rica e mais precisa a percepção em relação a esses indivíduos.
Importante conceito da obra de Piaget é também o contrutivismo, que entre outras coisas diz que o desenvolvimento precede a aprendizagem, ou seja, o conhecimento é construído pelo próprio aluno. O papel do educar para Piaget é ajudar a criança à procurar o conhecimento por si mesma. Tal autonomia enriquece deveras as práticas educacionais, mesmo a teoria piagentiana nunca tendo ambicionado ser um modelo educacional.
Portanto o educador torna-se um auxiliador, um intermediador entre o aluno e sua obtenção de conhecimento por si mesmo, posição extremamente válida e que se fosse aplicada mais comumente nas escolas tradicionais mesmo que de modo gradativo e moderado inicialmente. Isso diminuiria a “distância” entre aluno e professor. E considero essa ruptura da hierarquia muito positiva, principlamente ao considerar minha experiências escolares, onde os professores que sabiam regular uma certa autonia dos alunos obtia melhores resultados em relação ao ensino.
            Nessa rápida e extremamente superficial análise da teoria de Piaget não tive pretensões de abarcar toda sua obra, e nem criticá-la a ponto de propor uma teoria mais eficiente, pois ao meu ver as inovações que trouxe para diversas áreas do conhecimento são muito relevantes, e algumas delas inclusive até hoje incontestáveis, mesmo porquê, acredito não ter propriedade alguma para criticá-la uma vez que não conheço sua totalidade.


Fernanda Carolina Santos Ramos (102242)

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