domingo, 29 de maio de 2011

Análise crítica semana 07 e 08

É evidente a preocupação de Vigotsky em saber qual a melhor metodologia para a psicologia, um método que abordasse todas as vertentes complexas dessa área, auxiliando na analise do processo, de sua constituição e gênese ao invés de somente analisar somente o objeto.
Partindo do princípio da subjetividade, podemos observar as relações de linguagem e significados na busca de uma mediação adequada. A linguagem é, antes de tudo, social tendo como função primária a comunicação, expressão, compreensão e a apreensão do mundo dos significados e sentidos, construídos a partir dessa interação sócio-cultural. Esta é ligada estritamente com o pensar e por trás de cada pensamento existe uma tendência afetivo/volitiva. Cabe então ao pesquisador o esforço de ultrapassar essas formas de significação e buscar preceitos no plano do individuo como motivação, interesse, necessidades...
Em relação à afetividade, Pino (mimeo), analisando as experiências afetivas, defende que tais fenômenos referem-se a experiências subjetivas, e que revelam que todos os indivíduos estão propensos a serem afetados por pelas experiências de vida, ou seja, pela significação e sentido que estas têm para os sujeitos e também pela sua interação com o “outro”. Portanto podemos concluir que essas relações de afetividade são dependentes da ação cultural.
Para alguns autores, o desenvolvimento humano é dividido em fases alternadas de aspectos afetivos e cognitivos, sendo estas:
a)      Estágio impulso emocional – domínio afetivo
b)      Estágio sensório-motor e projetivo – função simbólica e da linguagem
c)       Estágio do personalismo – formação da personalidade
d)      Estágio categorial – avanços no plano da inteligência
e)      Estágio da adolescência – novas características da personalidade e domínio afetivo.
Na interação entre afeto e cognição, as conquistas do plano da afetividade são absorvidas pelo plano cognitivo e o mesmo acontece inversamente.
 Enfim, a mediação tem que ser previamente planejada, organizada e atribuída de um objetivo e significação, buscando não somente  aprimoramento das noções cognitivas mas também desenvolver  as condições afetivas que enriqueçam o vínculo do aluno com os demais indivíduos e também com os conteúdos escolares. Assim, é gerada uma ampliação das experiências vividas dentro da classe para os âmbitos mais amplos, trazendo um conjunto de possibilidades para o desenvolvimento individual e coletivo

Referências Bibliográficas

LEITE, Sergio Antônio da Silva. Afetividade e práticas pedagógicas. In: LEITE, S.A.S. (Org) Atividades e Práticas Pedagógicas. São Paulo: Casa do Psicológo, 2006.

GALVÃO, Izabel. Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.


Julia Medici - 091751

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