segunda-feira, 30 de maio de 2011

Atividades práticas

Natália Parpinelli

Outro aspecto que muito me impressionou e desta vez positivamente, foi a afetividade dos alunos com essa professora e dela para com eles. Mesmo com todos os problemas relatados anteriormente o afeto nestas aulas era perseptível em algumas situações específicas que serão enumeradas a seguir:
- professora preocupada com as ausências dos alunos, ela sabia dos particulares de cada um; caso de uma aluna cuja irmã estava internada e necessitava de transplante de medula.
- caso do 2º ano que estava de suspensão por ter jogado um herrorex no ventilador durante uma outra aula; ao cumprirem a determinação a professora conversou com eles a esse respeito e alguns alunos alegaram que fazem "bagunça" mesmo em algumas aulas porque o outro professor não os respeita e no caso da professora de artes eles " se controlam" pois ela os permite contar suas coisas e não grita com eles.
Esses fatos me fazem lembrar das teorias de Wallon e principalmente do texto de Leite (2006) que reporta a Tassoni (2000) "o que se diz, como se diz, em que momento e por quê - da mesma forma que o que se faz, como se faz, em que momento e por quê - afetam diretamente as relações professor-aluno e , consequentemente, influenciam diretamente o processo de ensino-aprendizagem.
Fico me perguntado o que deveria ser diferente, onde está o erro?
Acredito que uma coisa leva a outra e todas elas estão levando o ensino das artes como se não tivesse importancia: o estado obriga o professor a seguir a cartilha, os colegas de profissão não valorizam o trabalho e os alunos não se sentem interessados por não verem como a arte pode fazer parte de suas vidas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.