segunda-feira, 30 de maio de 2011

Comentário da visita à escola

Faculdade de Educação- UNICAMP
EL511- Psicologia e Educação
Filipe Modesto 102304

           Realizei uma visita à E.E. Vitor Meireles, em Campinas, e acompanhei as aulas de química de 5 classes de 3º ano. O acompanhamento foi feito juntamente com uma professora que já leciona na escola desde a década de 80 e, portanto, acompanhou diversas gerações que passaram por lá.
          Teoricamente, todas as salas estavam no mesmo nível de conteúdo. É possível perceber claramente que existe uma diferença entra os níveis das salas que estão no mesmo ano (vendo o mesmo conteúdo) e mais ainda, a diferença que existe entre alunos de mesma sala. Existe uma divisão clara da sala em alunos que estão dormindo nas carteiras, os que conversam, os que conversam e copiam a matéria (a aula continha exercícios teóricos do conteúdo ja passado, presente numa cartilha dada pelo governo), os que só copiam e os que sentam na carteira à frente do professor; estes foram os que mais conversaram comigo.
           Aparentemente, entrar nas salas de aula foi como entrar numa slaa cheia de Annes Sullivan,... eles copiam uns dos outros (de fontes já não confiáveis) e não percebem a gravidade do que estão fazendo, pois não tem vergonha. Aprendem aquilo que sabem que a professora vai perguntar., não conseguem associar de imediato aquilo que estão copiando ao cotidiano deles.
           Até aí, tudo era normal pra mim, tendo em vista que deixe de ser aluno de lá em 2008. Mas o que me espantou mesmo foi ver que em todas as salas que acompanhei teve no mínimo um ou dois alunos que foram me perguntar como responder os exercícios, mas não para entregar, omo realmente resolve-los, naquele exemplo ou em outro que nem havia sido dado pelo professor. E não eram só os alunos "nerds" da aula que vinham fazer esse tipo de coisa. O aluno Renan, de 17 anos,  saiu da roda de amigos que falava e bagunçava alto na sala veio com seu caerno e seu lápis e me perguntou como resolver a questão 6 da lousa e me mostrou que tinha entendido.
          A professora me chamou para falar o que ela havia explicado numa inguagem cotidiana aos alunos, adaptando conteúdo à experiências vivenciadas por eles. Eu pude ouvir alunos respondendo de todos os lados da sala e tudo muito rápido.
           Confesso que eu esperava alunos que não se interessassem pelo que eu estava falando, que não soubessem responder o que eu perguntava e que gostassem de mim por eu "roubar" tempo de aula deles. Me enganei. Mesmo tendo visto sim o tipo de aluno que eu esperava eles eram,  por incrível que pareça,  minoria.
           Bom, o resto, se é que sobrou, eu falo no seminário! =P

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.