domingo, 29 de maio de 2011

Análise crítica semanas 7 e 8 - método e afetividade

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
DISCIPLINA: EL511 – I “PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO”
PROFESSORA: DRA. HELOÍSA A. DE MATOS LINS
ALUNA: SÍLVIA RENATA BRAGA E OLIVEIRA
ANÁLISE CRÍTICA SEMANAS 7 E 8 – PROBLEMAS DE MÉTODO E AFETIVIDADE
                Nessas duas semanas de trabalho, nos deparamos com um conteúdo bastante subjetivo e, por isso, complexo, que se apresentava como mais uma alternativa de caminho psicológico para o desenvolvimento infantil. Tais apontamentos, para a minha temática de trabalho de fim de semestre, seriam grandes divisores de águas, afinal, o método de pesquisa sócio-histórica, bem como a questão da afetividade no aprendizado são elementos necessários à produção artística e à nossa busca por respostas com relação à imaginação, arte e criatividade.
                Porém, após as leituras, discussões e apontamentos, ficaram muito mais perguntas do que respostas em minhas pesquisas. Mas, talvez esse seja mesmo o objetivo da apresentação de tais conteúdos, pois essas questões levantadas indicam que o nosso leque de análise se abriu e estamos levando em consideração mais pontos de vista quando observamos nossas atividades práticas.
                No que concerne à afetividade, acredito que muito ainda há de se pesquisar por minha parte, pois o texto que lemos em casa e o filme “o contador de histórias” que nos foi apresentado em aula, apesar de abrir minha mente para essa faceta da psique humana, me deixou ainda com sérias dúvidas a respeito da relação entre afetividade e criação artística, pois acredito que, como musicista, a afetividade e as emoções possuíram bastante influência sobre meu aprendizado e certamente sobre a minha criação artística atual; logo, influenciará também aos meus alunos e, como despertar uma afetividade positiva e construtiva com relação à música e às artes em geral torna-se então, para o educador, um enorme desafio.
                Quanto aos problemas de método de pesquisa sócio-histórica, sinto-me fortemente tentada a relacioná-la com a afetividade, pois a pesquisa certamente se “afeta” pela intervenção e pela relação do sujeito entrevistado e analisado com seu entrevistador.
                O maior dos exemplos se apresenta quando um pesquisador vindo da Unicamp procura o professor de uma instituição pública de ensino para analisar suas propostas didáticas. As respostas são infinitamente distantes da verdade, bem como a aula em si, que muda no momento em que o pesquisador pisa na sala de aula.
                 Segundo o texto do capítulo 7 do livro pesquisa em psicologia sócio-histórica: contribuições para o debate metodológico, devemos levar em consideração e analisar os processos que levaram às respostas inverossímeis que aparecem em nossas pesquisas, como, em um nível mais básico, o fato de o pesquisador não ter qualquer proximidade com o pesquisado e causar nele certa inquietação por vir de uma instituição respeitável somente para analisar seu trabalho. Sem falar dos casos de o entrevistado ter uma trajetória não conhecida pelo entrevistador que gera algum tipo de significação que altera o teor de suas respostas. Nota-se assim, o trabalho minucioso incumbido ao pesquisador.
                Por outro lado, em se tratando de crianças, em minhas atividades, os maiores problemas de método, além de decifrar alguns conteúdos de respostas totalmente incompreensíveis, foram na maneira como formular as perguntas, pois, se por um lado as respostas, em sua maioria são verossímeis, por outro lado, consegui-las com palavras satisfatórias e compreensíveis é o pulo do gato em nossa pesquisa.
                Perguntar sobre e emoções e afetividade a crianças, cuja razão ainda é bastante pautada em pensamentos concretos exige cuidado e paciência. A imaginação fértil desses pequenos pode gerar farto material (desenhos, histórias, canções), porém, encontrar as explicações dos processos artísticos e das influências trazidas de casa, da escola, ou de um segundo passado no colo de seus avós, para dentro de suas incipientes obras de arte provavelmente seja um trabalho para uma vida de estudos, e que, com o tempo de que dispomos para aprender com as crianças em nossas práticas, torna se um trabalho que fica no plano dos questionamentos.

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